O
sistema autofágico
O Brasil é um país com pouco mais de
quinhentos anos de história e muita turbulência política, segundo alguns
especialistas em história política os países desenvolvidos foram todos
planejados, alguns pós-guerras e outros em sua formação. O Girante Tropical
nunca ostentou guerras, mas também nuca foi planejado, pelo contrario sempre
foi saqueado por outras nações e pelos próprios brasileiros não patriotas. Alias
quem conhece algum brasileiro patriota? Seria até ironia apontar alguém! Mas
não se pode esperar muito de uma nação que aceita de bom grado a propaganda
pública em referência a copa 2014, “A Pátria de chuteira”. O que o cidadão pode
esperar do sistema político recheado de representantes que não consegue entender
o próprio sistema do qual faz parte? Seria o cidadão uma espécie de marionete
social? Será que este mesmo cidadão teme em enfrentar o sistema?
O povo brasileiro jamais participou da
historia do Brasil, neste momento faz um ensaio tímido na tentativa de
participar pela primeira vez. As manifestações que hora ocorrem são frutos de
uma nação sem comando e de um país sem norte, até mesmo o dito manifestante
está sem rumo. Sabem que algo estar errado e muito tem que mudar, mas não sabe
o quê, assim o Brasil desencadeia uma onda de violência e desmando social cada
vez maior como foi no passado e, é pior no presente. Percebe-se um sistema
corrosivo e autodestrutivo, onde nenhuma proposta de reorganização política e
social ocorre, ou seja, aqueles que têm por obrigação programar e implementar a
reformulação do sistema não sabe o quê fazer e nem como fazer.
A certeza da impunidade alimenta e
fortalece a violência e o vandalismo desenfreado. Onde não há respeito pela
coisa pública e pelo bem comum não pode haver “Ordem e Progresso”. Meio a
manifestação se pode observar marginais no uso da maconha discriminadamente
como se fosse uma substância permitida e, pior ainda, são estes desordeiros que
na maioria das vezes são patrocinados por facções criminosas para causarem a
desordem do sistema. O que nos deixa estarrecidos é saber que muitos destes
fazem parte do poder público e escondidos pela armadura do poder ficam
intocáveis apenas corroendo as entranhas do sistema como um câncer maligno. Até
quando assistiremos de camarote a autodestruição do sistema? O povo precisa entender
que reforma política tem que partir do povo e não do político, também tem que
entender que a discussão de maior e menor idade penal deva ter início na
sociedade e não nos bastidores de gabinetes das autoridades legislativas e
judiciárias. Se a sociedade não assumir suas responsabilidades seremos todos
destruídos pela autofagia, o mais assustador é que na nação brasileira este
sistema de alimentação parece ocorrer em uma célula de suma importância, o
neurônio.
Bertoudo
Matos